Quem é este
"pokémon"?
O caso
deixou muita gente apavorada. Em dezembro de 1997, um episódio da série de
desenhos animados Pokémon, exibido pela
TV Tóquio, do Japão, causou convulsões em 12 mil crianças que assistiam ao
programa. Destas, 700 tiveram que ser internadas, algumas com sérios distúrbios
como falta de ar, náuseas e tontura. Houve até desmaios. Coisa demoníaca?
Provavelmente,
não. Acontece que, numa das cenas, o simpático Pikachu - um bichinho amarelo que
anda fazendo um sucesso danado no Brasil - emitia radiações luminosas curtas e
sucessivas numa luta contra inimigos. Os médicos japoneses diagnosticaram que
os telespectadores foram vítimas da epilepsia fotossensível, uma modalidade de
convulsão desencadeada por estímulos externos, como a luz intensa.
Pikachu e
seus companheiros de aventuras nasceram num videogame produzido pela Nintendo,
um dos gigantes do setor, que em pouco tempo virou febre no Japão. O joguinho
fez tanto sucesso que a corporação comercializou os direitos de uso de imagem
dos personagens com uma produtora de desenhos animados. De olho nos lucros, uma
série de empresas obteve licenciamento, e os 150 pokémons (abreviatura de pocket
monsters, ou monstros de bolso) tiveram sua imagem reproduzida numa série
de produtos para consumo infantil no mundo todo. Outros cem entrarão em cena em
novos desenhos este ano.
Entre os
evangélicos que acessam o site em inglês de Pokémon,
os comentários variam. Há quem ache que não passa de diversão. Outros acusam o
game e suas variantes, inclusive o desenho animado, de propagar conceitos do
ocultismo entre as crianças. Outro motivo de controvérsia é o fato de vários pokémons passarem por uma espécie de
evolução, que algumas pessoas interpretam como uma reprodução da ideia do
carma. Uma versão cinematográfica do desenho animado estreou nos Estados Unidos
em novembro, e já está chegando ao Brasil.
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Fonte:
Revista Eclésia. Ano V - Nº 50 - Janeiro de 2000. Editora Eclesia. São Paulo, pág.2 1.
Fonte:
Revista Eclésia. Ano V - Nº 50 - Janeiro de 2000. Editora Eclesia. São Paulo, pág.2 1.
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