Viriato Correa
Viriato Correa
é um dos mais destros contistas brasileiros, autor de histórias trágicas, de
acentuado cunho regional. Não podia, por isso mesmo, faltar a esta antologia, o
escritor maranhense, que foi uma vocação literária precoce, estreando em 1903,
aos 19 anos de idade, com um livro de contos, "Minaretes". Em 1912,
publicou os "Contos do Sertão", em 1921 as "Novelas Doidas"
e em 1928 as "Histórias Ásperas". A Editora Civilização Brasileira
vai lançar, breve, um volume de seus "Contos Escolhidos", contendo os
melhores trabalhos de seus diversos livros do gênero. Além de contista, Viriato
Correa é um escritor teatral que tem em sua bagagem cerca de trinta peças, das
quais algumas, como "A Juriti", "Sansão", "Marquesa de
Santos" e "O homem da cabeça de ouro", representaram grandes
êxitos. Seu último trabalho teatral, ainda não estreado, é uma peça sobre a
vida do poeta Gonçalves Dias. Autor de alguns dos livros infantis mais lidos do
Brasil, como a "História do Brasil para crianças" e
"Cazuza", Viriato Correa se
dedica, igualmente, à crônica histórica, já tendo escrito dez livros de
"Histórias da Nossa História", além do romance "A Balaiada".
Foi redator de mais de vinte jornais e revistas, alguns dos quais fundou e
dirigiu. Em 1911, foi deputado estadual no Maranhão e de 1927 a 1930
representou seu Estado na Câmara dos Deputados. A 14 de julho de 1938, foi
eleito para a Academia Brasileira de Letras, na vaga do Barão de Ramiz Galvão.
Seu nome, por extenso, é Manuel Viriato Correa da Baima Filho e seu nascimento
ocorreu em Pirapemas, no Maranhão, a 23 de janeiro de 1884.
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Fonte:
O Conto do Norte - Primeiro Volume. Seleção e notas: R. Magalhães Júnior. Editora Civilização Brasileira. Rio de Janeiro, 1959, págs. 153-154.
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