Os ensinos de Buda
Sidarta
Gautama, o "iluminado", não deixou nenhum registro escrito de seus
ensinos. Estes foram transmitidos de geração a geração por meio da secular
tradição oral indiana. Somente no século I a.C., na ilha do Ceilão, foram
redigidas as primeiras escrituras budistas. Atualmente, esta coleção está
reunida na Tripitaka e em outras obras.
Nos escritos
que são atribuídos a Sidarta vê-se que para ele a vida humana é somente
sofrimento e que este procede do desejo humano. Para se atingir a salvação é
necessário eliminar todo desejo. Quando se consegue isso, entra-se num estado
de "bem aventurança", o nirvana. Quando se alcança o nirvana, a alma
humana torna-se uma com o Absoluto, isto é, a realidade última. Os ensinos (dharma) de Sidarta encontram-se
resumidos nas Quatro Verdades Nobres:
1 - A nobre verdade é a realidade do sofrimento:
Todo sofrimento humano resultado do carma passado. As ações de
uma pessoa determinarão o ciclo de reencarnações pela qual ela terá de passar
até chegar ao nirvana.
2 - A nobre verdade da causa do sofrimento:
A causa do sofrimento é o desejo: gratificação, o desejo da existência e também
o da não-existência.
3 - A nobre verdade sobre o fim do sofrimento:
O sofrimento pode e deve ser totalmente eliminado. O objetivo central do
Budismo é dar ao homem a eterna libertação do sofrimento através da libertação
de todo o desejo, o que equivale ser liberto do ciclo interminável de
reencarnações e entrar no bem-aventurado estado do nirvana.
4 - A nobre verdade do caminho para a eliminação
do sofrimento:- Tratam-se de oito passos básicos destinados a suprimir o
desejo e, desta maneira, abrir o caminho para a iluminação, conhecidos como:
"Os Oito Caminhos Nobres". Estes são divididos em três categorias:
a) - Moralidade: palavras corretas, ações
corretas, vida correta;
b) - Concentração: esforço correto,
pensamento correto;
c) - Sabedoria correta: visão ou compreensão
correta e aspirações corretas. Por compreensão correta entende-se o conhecimento
das Quatro Verdades Nobres.
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Fonte:
Revista Defesa da Fé. Ano 3 - Nº 17 - Dezembro de 1999. Instituto Cristão de Pesquisa. São Paulo, pág. 34.
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