Por que os judeus compram carne em açougues
especiais?
A Torá reconhece implicitamente que o
ideal seria o vegetarianismo. No Jardim do Éden, que é a representação bíblica
da Utopia, o homem devia alimentar-se exclusivamente de frutos e vegetais. Mais
tarde, numa espécie de compromisso realista com o ideal vegetariano, a Torá permitiu o consumo de carne,
limitando porém o número de animais que poderiam ser consumidos. Ao mesmo
tempo, o Judaísmo estabeleceu leis específicas para o abate do animal, visando
evitar-lhe qualquer sofrimento desnecessário.
O abate é
feito por um profissional especializado, o shochet,
segundo um ritual prescrito, a fim de que a morte do animal seja a mais rápida
e mais indolor possível.
Mais ainda,
a Torá proíbe o consumo do sangue
dos animais e aves, "porque a alma de todo ser vivo está no sangue" (Levítico 17:11). Portanto, todo o
sangue tem que ser extraído da carne antes do cozimento. Isto pode ser feito em
casa, porém envolve um processo bastante trabalhoso e rigoroso: a carne tem que
ser lavada, posta de molho por certo tempo, depois esfregada com sal grosso e
finalmente enxaguada. Os açougues especializados já vendem a carne pronta para
o cozimento.
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Fonte:
Os Porquês do Judaísmo, por: Henry I. Sobel. Congregação Israelita Paulista. São Paulo, 1983, pág. 103.
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