O Império Turco
TV Ta Ásia
Central viviam numerosos povos nômades que disputavam entre si as pastagens
para seus cavalos e ovelhas. Dali partiram grupos de conquistadores e saqueadores
em direção ao Ocidente e ao Oriente. Um desses povos, os turcos, divididos em
diversas tribos, ocuparam o território do atual Cazaquistão. Entre os séculos X
e XI, os turcos da dinastia dos seljúcidas, convertidos ao islamismo e
sedentarizados, tornaram-se cada vez mais presentes na vida política do Império
Islâmico. Primeiro foram guardas dos palácios dos chefes muçulmanos, depois
governadores. Acabaram assumindo a liderança dos domínios islâmicos e
continuaram a obra expansionista dos árabes muçulmanos.
Em 1071, os
turcos seljúcidas conquistaram a Ásia Menor (correspondente à atual Turquia). A
língua grega, ali predominante, foi sendo aos poucos substituída pelo turco, e
à religião cristã ortodoxa somou-se o islamismo. Os turcos também tomaram a
Palestina M, o Egito, a Síria e a Pérsia (séculos XI a XII).
O período de
domínio dos seljúcidas foi marcado por grandes construções e obras públicas:
mesquitas, hospitais, mercados e, sobretudo, escolas. A partir do século XII, o
poder dos seljúcidas começou a declinar, enfraquecido por disputas internas, de
caráter político e religioso.
No século
XIII, o chefe de outra tribo, Otman I, revigorou o poderio turco, fundando uma
nova dinastia; a dos otomanos. O Império Otomano perduraria por sete séculos,
até a proclamação da República da Turquia, em 1923.
Em 1453, as
tropas otomanas deram o golpe final no que restava do Império Bizantino, ao
conquistarem Constantinopla. A queda de Constantinopla abalou a cristandade
europeia. O nome da cidade foi alterado para Istambul e a catedral de Santa
Sofia, orgulho dos cristãos, foi transformada em mesquita. Os otomanos
avançaram em direção à Europa e ocuparam a Sérvia e a Grécia. No século XVI,
sob o governo de Solimão, o Magnífico (1520-1566), o Império Otomano ocupava o
leste da Europa e grande parte do Oriente Médio, chegando ao máximo de seu
poderio e esplendor.
Parte do
sucesso expansionista turco foi obtida graças aos janízaros, soldados de elite,
considerados ferozes e invencíveis: eram jovens retirados à força de famílias
cristãs prisioneiras, educados no islamismo e transformados em soldados
disciplinados e fanaticamente dedicados ao sultão.
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Fonte:
História em Documento, por: Joelza Ester Rodriugues. Editora FTD, 1ª Edição. São Paulo, 2002, pág. 78.
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