Inverdades sobre o Oriente Médio
Por sua
longa experiência jornalística no Oriente Médio, Joseph Farah faz parte de um
seleto grupo de especialistas em compreender e desvendar os bastidores do
conflito no Oriente Médio. Ele vive atualmente nos Estados Unidos, onde dirige
o serviço de notícias World Net-Daily.
Sua argumentação é incisiva, como mostra o artigo que transcrevemos a seguir:
Na luta por
Jerusalém multas pessoas já perderam suas vidas - mas, para quê? Se você
acreditar no que diz a maior parte dos meios de comunicação, os palestinos
desejam uma pátria e os muçulmanos almejam o controle sobre os lugares
considerados sagrados por eles. Muito simples, não é? Pois bem, como jornalista
árabe-americano, que passou muitos anos no Oriente Médio e que frequentemente
teve de fugir de pedras e granada, eu sei que essas são apenas desculpas muito
ruins para justificar a Violência e a cobiça por terra.
Não é
interessante observar que antes da guerra árabe-israelense de 1967 não havia um
movimento sério em prol de uma pátria palestina? Agora se poderia objetar que isso
foi antes da conquista da Margem Ocidental do Jordão e da Cidade Antiga de
Jerusalém por Israel. É verdade. Na Guerra dos Seis Dias, Israel conquistou a
Judéia, a Somaria e Jerusalém Oriental, mas esses territórios não foram tomados
de Yasser Arafat e sim do rei Hussein da Jordânia. Por isso me admira muito
que, repentinamente, os palestinos descobriram sua identidade depois que Israel
ganhou a Guerra dos Seis Dias. Na verdade, a "Palestina" é tão real
como uma terra de sonhos. Este nome foi usado pela primeira vez no ano 70
depois de Cristo, quando os romanos promoveram um genocídio contra os judeus,
destruíram o Templo e declararam que não existia mais uma terra chamada Israel.
Eles deram à região o nome de "Palestina", nome derivado dos
filisteus, o povo de Golias, vencido alguns séculos antes pelos judeus. De
Jerusalém os romanos fizeram "Aelia Capitolina", mas esse novo nome
não se manteve por muito tempo.
A
"Palestina" não era um território autônomo nessa ocasião nem
posteriormente. Ela foi dominada alternadamente por muitos povos, entre eles os
romanos, os árabes, os cruzados, o Império Otomano e, depois da Primeira Guerra
Mundial, pelos britânicos. Estes declararam-se dispostos a conceder ao menos
uma pequena parte da terra para servir de pátria aos judeus. Não existe língua
"palestina", nem uma cultura claramente palestina. Jamais houve um
país chamado "Palestina", governado por palestinos. Palestinos são
árabes que não se diferenciam dos jordanianos (mais uma invenção dos tempos
modernos), sírios, libaneses, iraquianos, etc. Nesse contexto, deveríamos ter
em mente que 99,9% do Oriente Médio está sob controle árabe. Israel abrange
apenas 0,10% da área total dessa região. Mas os árabes acham que isso já é demais.
Eles querem tudo, e é essa a causa real dos violentos conflitos em Israel.
Ganância, orgulho, inveja e cobiça são a verdadeira motivação.
Independentemente da quantidade de concessões territoriais que Israel faça,
elas nunca serão suficientes.
E quanto aos
lugares sagrados do islã? Eles nem existem em Jerusalém. Você ficou chocado? Ao
menos deveria ficar, pois não creio que ouça essa verdade nos meios de
comunicação internacionais, pois tal afirmação não é "politicamente
correta". Sei que agora você vai rebater: "A mesquita Al-Aqsa e o
Domo da Rocha em Jerusalém são os terceiros mais importantes santuários do
islã". Isso não é verdade. O Corão não fala nada sobre Jerusalém, enquanto
Meca é mencionada centenas de vezes e Medina ainda mais frequentemente. Existem
boas razões para isso. Não é possível provar historicamente que Maomé tenha
visitado Jerusalém uma única vez. Mas como é que Jerusalém tornou-se o terceiro
lugar mais sagrado do islamismo? Muçulmanos de hoje referem-se a uma vaga
afirmação da sura 17 do Corão intitulada "A Viagem Noturna". Ali está
escrito que Maomé foi conduzido num sonho ou numa visão noturna da Mesquita
Sagrada à "distante mesquita de Al-Aqsa", "cujos arredores
abençoamos". No século VII alguns estudiosos islâmicos acharam que as
mesquitas mencionadas (ou "templos", segundo outras versões do Corão
- N. T.) se encontravam em Meca e Jerusalém. Não há outro tipo de relação entre
o islã e Jerusalém. Trata-se apenas de um mito, de uma fantasia, da expressão
de um certo desejo dos árabes.
As raízes
judaicas de Jerusalém, ao contrário, remontam aos dias de Abraão. Qual é,
então, a solução para o caos no Oriente Médio? Na minha opinião, esse conflito
violento não pode ser resolvido por iniciativas humanas. Entretanto, se há uma
solução, ela deve começar pela verdade. Uma simulação baseada numa falsificação
da realidade levará a um caos ainda maior. Se os direitos de 5000 anos,
adquiridos por nascimento e apoiados por uma infinidade de provas históricas e
arqueológicas, são tratados da mesma forma que desejos baseados em sonhos e
reivindicações injustas, então a diplomacia e a política de paz são
desacreditadas.
Joseph Farah
não o diz abertamente, mas para os crentes verdadeiros a realidade é: na
Bíblia, Deus prometeu claramente a terra a Israel. Um dia todos verão que esse
Deus, o Deus de Israel, está com a razão e que tudo acontecerá como está
escrito na Bíblia! (Conno Malgo)
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Fonte:
Revista Notícias de Israel. Ano 23 - Nº 8 - Agosto de 2001. Obra Missionária Chamada da Meia Noite, págs. 17-18.
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