segunda-feira, 18 de julho de 2016

Egito: Mumificação

Mumificação
O que aconteceria com seu corpo?
OS ANTIGOS EGÍPCIOS se preocupavam muito em se preparar para a vida no outro mundo. Todos os que podiam pagar faziam preparativos elaborados para tal. Seu espírito tinha de ter alimento para poder viver e tinha de voltar a seu corpo para receber comida. Portanto, três coisas eram essenciais: um corpo que nunca apodrecesse, um lugar de descanso onde nunca fosse perturbado e pessoas que sempre lhe trouxessem comida. Encomendar um túmulo, construído de pedra para durar para sempre, era o primeiro passo. Todas as pessoas ricas faziam isso bem antes de morrer. Podiam encomendar sua própria mumificação, para assegurar-se de que receberiam o melhor. Se não tivessem família, e fossem ricas, deixariam terras para prover um meio de vida para os criados, que então alimentariam seu ka.
Quando as cerimônias terminavam, sua tumba era selada e os convidados do funeral faziam uma festa em sua homenagem. Enquanto isso, seu espírito remava por um rio até a terra dos mortos. Você tinha muitos perigos a enfrentar no caminho, inclusive a pesagem de seu coração, pela qual sua vida era julgada. Se seguisse as instruções no Livro de Mágica, envolto nas faixas de sua múmia, tudo sairia bem. Ele continha palavras mágicas que garantiriam que seu coração não pesaria mais do que a pena da verdade e que você alcançaria os campos da felicidade.
Para ter uma casa confortável no outro mundo, você teria de levar consigo todas as coisas usadas neste mundo — comida, roupas, móveis e criados. Você faria quadros da vida que esperava desfrutar, pintados nas paredes de sua tumba.
Os faraós, que viviam em grande luxo neste mundo, precisavam encher suas tumbas com objetos muito caros. Isso gerava um problema de segurança, pois pessoas inescrupulosas sempre tentavam roubá-los. As pirâmides dos tempos mais antigos destinavam-se a proteger as tumbas dos faraós para sempre.


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Fonte:
Como seria sua vida no antigo Egito? por: David Salariya (Criador do Projeto). Tradução: Maria de Fátima S. M. Marques. Editora Scipione. São Paulo, 1996, págs. 40-41.

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