Mumificação
O que aconteceria com seu corpo?
OS ANTIGOS
EGÍPCIOS se preocupavam muito em se preparar para a vida no outro mundo. Todos
os que podiam pagar faziam preparativos elaborados para tal. Seu espírito tinha
de ter alimento para poder viver e tinha de voltar a seu corpo para receber
comida. Portanto, três coisas eram essenciais: um corpo que nunca apodrecesse,
um lugar de descanso onde nunca fosse perturbado e pessoas que sempre lhe
trouxessem comida. Encomendar um túmulo, construído de pedra para durar para
sempre, era o primeiro passo. Todas as pessoas ricas faziam isso bem antes de
morrer. Podiam encomendar sua própria mumificação, para assegurar-se de que receberiam
o melhor. Se não tivessem família, e fossem ricas, deixariam terras para prover
um meio de vida para os criados, que então alimentariam seu ka.
Quando as cerimônias
terminavam, sua tumba era selada e os convidados do funeral faziam uma festa em
sua homenagem. Enquanto isso, seu espírito remava por um rio até a terra dos
mortos. Você tinha muitos perigos a enfrentar no caminho, inclusive a pesagem
de seu coração, pela qual sua vida era julgada. Se seguisse as instruções no
Livro de Mágica, envolto nas faixas de sua múmia, tudo sairia bem. Ele continha
palavras mágicas que garantiriam que seu coração não pesaria mais do que a pena
da verdade e que você alcançaria os campos da felicidade.
Para ter uma
casa confortável no outro mundo, você teria de levar consigo todas as coisas
usadas neste mundo — comida, roupas, móveis e criados. Você faria quadros da
vida que esperava desfrutar, pintados nas paredes de sua tumba.
Os faraós,
que viviam em grande luxo neste mundo, precisavam encher suas tumbas com
objetos muito caros. Isso gerava um problema de segurança, pois pessoas
inescrupulosas sempre tentavam roubá-los. As pirâmides dos tempos mais antigos
destinavam-se a proteger as tumbas dos faraós para sempre.
---
Fonte:
Como seria sua vida no antigo Egito? por: David Salariya (Criador do Projeto). Tradução: Maria de Fátima S. M. Marques. Editora Scipione. São Paulo, 1996, págs. 40-41.
Nenhum comentário:
Postar um comentário