Jerusalém - cidade sagrada do islã?
Os
muçulmanos reivindicam Jerusalém baseando-se em uma passagem do Corão. Mesmo
que Jerusalém não seja mencionada uma única vez no livro sagrado islâmico, a
Sura 17 fala de uma "mesquita distante": "Glorificado seja
Aquele que, certa noite, levou seu servo da Mesquita Sagrada à distante
Mesquita de Al-Aqsa" (Sura 17.1). Mas será que existe realmente alguma
base para o argumento, tantas vezes usado pelos islamitas, de que essa
"mesquita distante" (Al-Masujidi al-Aqtza) é a atual mesquita de
Al-Aksa em Jerusalém? Á resposta é negativa. No tempo de Maomé, que morreu no
ano 632 depois de Cristo, Jerusalém era uma cidade cristã do reino bizantino.
Apenas seis anos mais tarde, em 638 d.C., Jerusalém foi conquistada peio califa
Ornar. Nesse tempo só havia igrejas em Jerusalém. Inclusive no Monte do Templo
havia uma igreja em estilo bizantino, a chamada igreja de Santa Maria de
Justiniano. A mesquita Al-Aksa foi edificada 20 anos após a construção do Domo
da Rocha peio califa Abd ei Malik (691 -692). O nome "Mesquita de
Ornar" dado ao Domo da Rocha induz ao erro, pois não foi o califa Ornar
que o construiu. Por volta do ano 711, ou seja, aproximadamente 80 anos após a
morte de Maomé, a igreja bizantina que existia no Monte do Templo foi
transformada em mesquita pelo filho de Abd el Malik, Abd El-Walid. Ele não fez
modificações na construção original, que era uma "basílica", com uma
fileira de colunas dos dois lados do retângulo da nave central. Abd El-Walid
apenas acrescentou-lhe uma cúpula para que ela se parecesse com uma mesquita. A
partir daí passou a chamar a antiga igreja de Al-Aksa, para que seu nome
lembrasse a mesquita distante mencionada na Sura 17 do Corão.
Portanto,
Maomé jamais poderia fer essa mesquita em mente quando escreveu o Corão, pois
ela passou a existir somente três gerações após sua morte. Muitos especialistas
já provaram que Maomé evidentemente se referiu à mesquita de Meca como a
"sagrada" e à mesquita de Medina como a "distante". Diante
desse pano de fundo, não é de admirar que Maomé tenha proibido terminantemente
a oração em direção a Jerusalém, uma vez que isso havia sido permitido apenas
por alguns meses, para tentar converter os judeus ao islamismo. Mas a tentativa
falhou, e a 12 de fevereiro de 624 Maomé repentinamente proibiu as orações em
direção a Jerusalém. Para os muçulmanos, Jerusalém jamais foi uma cidade
sagrada; ela era sagrada apenas para os judeus que viviam em territórios
islâmicos. (Dr. Manfred R. Lehmann)
Até pessoas
que não creem na Bíblia são obrigadas a concordar, por razões lógicas, que os
muçulmanos não têm direitos legais, do ponto de vista histórico, sobre
Jerusalém. Mas os judeus os têm! (Conno
Malgo)
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Fonte:
Revista Notícias de Israel. Ano 23 - Nº 5 - Maio de 2001. Obra Missionária Chamada da Meia Noite, págs. 14-15.
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