sábado, 30 de julho de 2016

Entrevista com R. R. Soares

Entrevista com R. R. Soares
Evangelho de resultados
ECLÉSIA - Por que as curas e milagres são tão enfatizados pela Igreja da Graça?
R. R. SOARES - Se milagres como curas, libertações de espíritos maus e outras manifestações do poder de Deus não acompanharem a mensagem do Evangelho, este Evangelho, então, não é genuíno. É preciso observar que, segundo a Bíblia, dois terços do ministério do Senhor Jesus refere-se a milagres. Então, se nós temos que fazer as mesmas obras que ele fazia, nosso ministério também precisa ser dedicado a milagres. Eu creio que qualquer pessoa ou grupo que prestar atenção ao Evangelho e imitá-lo, vai ter o mesmo sucesso que nossa igreja.
Então este é o motivo do crescimento de sua igreja, presente hoje em quase todos os estados e até no exterior?
O nosso crescimento é devido à pregação da Palavra revelada, com profundidade. E não com filosofia, com erudição de homens. A linha de pregação que nós adotamos é aquela que Jesus falou em Mateus 24.14: "E este Evangelho será pregado em todo o mundo." Só considero a pregação do Evangelho genuína e verdadeira quando ela é a repetição daquilo que Jesus Cristo disse.
Se alguém ora e não recebe a cura, o que aconteceu? Não teve fé suficiente?
As pessoas não recebem a bênção por duas coisas: ou porque não pedem ou porque pedem mal. Quando a pessoa é bem ensinada e usa o ensinamento que aprendeu, ela recebe a bênção. Recebia no tempo de Jesus; recebe hoje também.
O senhor é adepto da teologia da prosperidade?
Eu não conheço teologia da prosperidade. Eu conheço o verdadeiro Evangelho. Agora, eu prego a prosperidade. Prefiro mil vezes pregar teologia chamada da prosperidade do que teologia do pecado, da mentira, da derrota, do sofrimento. O cidadão fala que é de Deus e fica com o aluguel atrasado, com a barriga vazia, mexendo com a mulher dos outros, sem santificação. Quando chega no fundo, aponta o dedo e fala que os que pregam prosperidade são do diabo. A teologia da prosperidade, pelo que se fala por aí, eu bato palmas. Não creio na miséria. Essa história é conversa de derrotados. São tudo um bando de fracassados, cujas igrejas são um verdadeiro fracasso. Chega lá tem meia dúzia de pessoas para ouvir. Não tem um deles com vida santificada, ao pé do altar, que seja cheio do Espírito.
Não é complicado falar de prosperidade quando se sabe que 70% dos evangélicos brasileiros sobrevive com até cinco salários mínimos?
Oséias 4.6 diz que o povo é destruído porque lhe falta conhecimento. Enquanto não tiver conhecimento bíblico, e sim doutrina de igreja e pensamento de homem, vai continuar desse jeito. Enquanto eu não aprendi a tomar posse da bênção, tivemos aqui sérios problemas financeiros. Eu mesmo sofri com um resfriado que não me largava havia dois anos. Até que exigi que o diabo tirasse a mão. Todo mundo que está na derrota tem que aprender correndo a tomar posse da bênção, senão vai continuar na derrota e dando péssimo testemunho. Esse negócio de falar que Deus é bom mas não cura, não liberta, não prospera, que bondade é essa?
Qual é o perfil do membro da Igreja da Graça?
É o nascido de novo. Nós cremos que uma pessoa, para ser membro de uma igreja, tem que cumprir o que está escrito na Palavra — ser nascido da água e do Espírito. Há aqueles que, recém-convertidos, ainda não podem produzir os frutos que se espera que um crente maduro produza.
De onde vêm os membros da sua igreja? São novos convertidos ou pessoas oriundas de outras denominações?
A maioria dos nossos membros não era evangélica. É gente que veio da idolatria e da feitiçaria. Muitos desviados, que abandonaram suas igrejas de origem devido a pecados ou por ficarem desestimulados por falta de unção e de poder, quando viram a Palavra sendo pregada da maneira como fazemos, vieram para cá. Se bem que, neste caso, a gente aconselha a que fiquem em suas igrejas. Não estamos interessados em divisão; queremos ajudar é na expansão do Reino de Deus.
Mas a rotatividade de pessoas não é muito grande também?
Não tenho explicação se isso acontece, a gente não pensa nisso. Mas em todo movimento existe esta rotatividade grande. Jesus disse que o Reino de Deus é como uma rede. Depois que se chega na praia separa-se os bons e deita-se os maus fora. Ele é que faz esta separação.
Todas as semanas, o senhor prega em três estados diferentes, fora viagens ao exterior e outros eventos. Como concilia seu tempo?
Ah, é fácil. O dia tem 24 horas; você dorme oito, e ainda sobram 16 para fazer as outras atividades (risos). É só não desperdiçar. Eu sigo um roteiro e marco tudo com antecedência, as igrejas que vou visitar, os compromissos, os eventos de que participo. Aproveito o tempo nos aviões para ler.
Mas o senhor prega várias vezes num mesmo dia. Não é difícil ter argumentos e inspiração para tantas mensagens?
A pregação é um renovo. A boa pregação não é quando você fala o que sabe, e sim quando fala o que lhe é revelado. Você se realiza na hora e o povo também. O Senhor que dá uma mensagem por semana dá 20 mensagens por semana. Você abre a boca e Deus vai dando. Quando Deus dá, é igual a um programa de computador - você enfia o disquete e em questão de segundos está lá. Eu preguei uma vez uma série de pregações, foram mais de 30, sobre o primeiro capítulo de Filipenses, que eu recebi em dez segundos. Eu estava conversando com a minha mulher num quarto de hotel e disse a ela: "Olha que série de mensagens Deus me deu aqui agora." Foi uma das melhores séries que nós já pregamos.
Missionário, como é o seu relacionamento com outros líderes evangélicos?
Até hoje tem sido dos melhores. Tenho pregado em quase todas as denominações e sempre me encontro com outros líderes. Tenho tido boa amizade com todos. Não tenho tido problemas com isso. Infelizmente, não posso atender a todos os convites que recebo, porque o tempo não dá. Hoje eu enfrento um problema - não posso ir a igrejas pequenas, porque há superlotação. Se anunciar que eu vou, dá dez vezes mais povo lá. Nem nas nossas igrejas menores eu tenho podido ir.
Como foi sua trajetória na fé?
Eu me converti com seis anos de idade. Minha mãe era católica e meu pai era desviado da Igreja Presbiteriana. Eu fui o primeiro, depois todos eles vieram. Eu sou presbiteriano de nascimento, batista de doutrina e pentecostal por convicção. E agraciado por estar na Graça. Em 1975, fui ordenado pastor na Casa da Bênção, pelo missionário Cecílio Carvalho Fernandes {falecido no último mês de abril]. Em seguida, iniciei a Cruzada do Caminho Eterno, a Igreja Universal do Reino de Deus {em companhia do bispo Edir Macedo, seu cunhado} e, finalmente, a Igreja da Graça.
E como foi o processo de sua ordenação ao ministério e o surgimento da Igreja da Graça?
Foi um processo muito longo para contar.
Mas não dá para resumir?
É um pouco difícil... Bem, o Cecílio sentiu no coração que Deus havia lhe falado que nós estávamos sendo chamados para uma grande obra. Nesse tempo, eu estava na Casa da Bênção. Ali, eu aprendi muito. Então, Cecílio me chamou ao seu escritório e disse: "Olha, você sabe que todo líder quer que seu ministério cresça, e eu não sou diferente. Mas vocês são jovens de valor. O Espírito Santo me falou que vocês estão sendo chamados para outra obra e eu devo consagrá-los." Aí, ele nos deu o estatuto da igreja e orientou-nos para que fizéssemos outro parecido e levássemos para ele. Se ele aprovasse, marcaria nossa consagração. Pois bem, ele aprovou e nos consagrou.
Então Cecílio já o ordenou sabendo que o senhor não ficaria com ele?
Exatamente. Ele disse mesmo: "Estou consagrando e liberando vocês. Vocês não pertencem mais ao meu ministério, só em amor." E nos abençoou. Foi um início meio tumultuado, mas Deus dirigiu as coisas. Eu pensei que seria apenas um missionário itinerante, ajudando as igrejas - um passarinho, como chamavam — mas Deus dirigiu diferente.
E por que o senhor escolheu o nome "Igreja da Graça"?
Por que é um nome lindo, não é verdade? Não há um nome mais bonito para se colocar numa igreja do que chamá-la de Igreja da Graça de Deus. E a graça divina que nos faz ser o que somos.
Já que o senhor foi ordenado pastor, por que prefere ser chamado de missionário?
Porque eu me sinto numa missão. Mas fico muito honrado quando me chamam também de pastor. Já bispo, não — dá uma conotação católica de que não gosto.
Por que a Igreja da Graça dá tanta ênfase ao televangelismo?
Ah, porque Deus nos abriu esta porta. Mas eu tive uma experiência interessante. Eu conheci a televisão quando tinha onze anos de idade, lá em Cachoeiro de Itapemirim [ES]. Fiquei olhando e, de repente, virei as costas para a tela e vi muitas pessoas também olhando para a televisão. Eu orei assim: "Jesus, não tem ninguém falando do Senhor na TV Mas eu lhe prometo que, se o Senhor me der condições, um dia eu vou falar de ti." Considero aquele como meu chamado para a TV Mas não lutei por isso, não. Deixei as coisas acontecerem.
E o senhor foi um dos pioneiros evangélicos na TV. Houve discriminação?
Antes de mim, só havia pastores americanos e o Fanini, que é batista [Nilson do Amaral Fanini, dirigente da Primeira Igreja Batista de Niterói e do projeto social Reencontro]. Do Evangelho completo, eu fui o primeiro. Eu fui à TV Tupi [hoje extinta], mas aconselharem-me a não entrar, porque era muito caro e aquilo tanto poderia ser o céu como o inferno. Mas eu senti que Deus estava dirigindo.
Qual é o investimento mensal da Igreja da Graça em televisão?
Isso eu não posso dizer por força de estatuto. Estou proibido de falar nisso. Te falo com temor de Deus. Uma das emissoras exige isso claramente no contrato. Mas é muita coisa. Só Deus mesmo para sustentar.
Boa parte dos programas é ocupada com pedidos de dinheiro. O senhor não teme que isso prejudique sua imagem?
Como nós somos pobres, e nosso povo é pobre, não temos condições de manter tantos programas sem pedir auxílio. Então, ternos que falar a verdade. Se eu tivesse uma empresa ou um grupo empresarial por trás, financiando, eu não pediria recursos. Mas a gente não tem condições. Estou usando o termo bíblico. A Bíblia diz: "Não tendes por que não pedis." Eu estou pedindo. Agora, jamais condicionei o recebimento de bênçãos ao ato de dar ofertas. Digo o contrário — ensino que fazer isso é ofender a Deus. Quem pode e quer dá.
Não seria mais vantajoso, ao invés de alugar tantos espaços, montar sua própria emissora?
Se o Roberto Marinho um dia quiser vender barato e eu puder, compro a Globo (Risos). Se ele quisesse deixar eu entrar lá também... Até hoje não deixou, não sei por que. Já esse negócio de emissora, vamos ver, Deus pode orientar alguma coisa neste sentido. Mas eu ouvi uma história de que um sujeito tinha uma página num jornal e fazia muito sucesso. Um dia, resolveu comprar o jornal e não deu certo, porque ele resolveu fazer todo o jornal do mesmo jeito.
As emissoras que veiculam seus programas estão satisfeitas com a audiência?
Eles dizem que estão satisfeitos. Até o ibope aumentou. Em uma emissora, a audiência só dava traço. Depois que a gente começou lá, passou para dois, três e até quatro pontos. E a Bandeirantes, que tinha o Paulo Henrique Amorim, nunca passava de dois. A gente chegou até três e quatro. E olha que ele é um dos melhores repórteres que tem por aí.
Na sua opinião, qual é o maior resultado dos seus programas?
Eu não sei, porque a gente lida com milhões de pessoas por dia. Mas nós temos consciência de que ajudamos todo o segmento evangélico. Se você prestar atenção, e é fácil aferir, quando nós começamos na televisão, em novembro de 1977, o Evangelho não chegava a 2% do Brasil. E por que?
Porque colocaram nos evangélicos aquela pecha de que nós éramos idiotas, inúteis e sem cultura. Depois que nós começamos, o pessoal viu na televisão que nós não falávamos errado, sabíamos expor as ideias. Além disso, colocávamos o poder de Deus em ação. Pessoas eram curadas. O Evangelho deu uma explosão e todas as igrejas se beneficiaram. Nós não fomos os únicos responsáveis, mais sim, co-autores dessa melhora.
Então os programas da Igreja da Graça ajudam no crescimento do Evangelho no Brasil?
Vou dizer mais. No fim de 1998, nós entramos na televisão à noite. E podem escrever: dentro de cinco anos, o Evangelho dobra. As igrejas estão recebendo pessoas que assistem nossos programas e tornam-se simpáticas ao Evangelho. Aí, quando alguém convida para ir na Igreja Presbiteriana, na Igreja Batista, elas vão. Um pastor da Assembleia de Deus me procurou e disse: "Missionário, vim lhe pedir um favor. Continue na televisão. Em todas as nossas igrejas, tem pessoas que começaram assistindo seus programas na televisão. O senhor está fazendo um bem muito grande para o Evangelho." Então, além desse trabalho beneficiar diretamente a Igreja da Graça, está beneficiando todas as igrejas. Isso me dá uma alegria muito grande.
O senhor acredita que o Brasil, no futuro, será um país evangélico?
Isso é inevitável. Mas eu acho que nós, líderes, temos que prestar atenção a que tipo de maioria nós seremos. Se formos maioria como são os católicos, hoje, vamos dar um péssimo testemunho. Temos que crescer com responsabilidade. Hoje nós colhemos os benefícios que a geração passada nos deu. Eles foram poucos, mas foram santos. Todo mundo sabe que crente é uma pessoa direita. Nós temos obrigação de continuar direitos para que a geração vindoura se beneficie disso.
A crise brasileira, em todos os setores - política, ética, econômica e social -, tem afetado a Igreja?
Afetado para melhor. A única instituição que merece crédito hoje é a verdadeira Igreja do Senhor Jesus. Você não encontra em nenhuma outra classe ou instituição um respeito tão grande pela verdade como o que praticam aqueles que pertencem ao Corpo de Cristo. Nós somos verdadeiramente o sal da terra. Fora, claro, aquela meia dúzia de estraga-raça que anda por aí.
O que é melhor na formação do pastor - a unção do Espírito Santo ou o estudo teológico?
Os melhores pastores não saem dos seminários. E muito bom haver seminários, faculdades etc., mas pastor é que nem jogador de futebol. Eles não saem das escolinhas; eles surgem, aparecem. Depois, só precisam ser lapidados. Aqui na Igreja da Graça, estamos promovendo treinamento intensivo para todos os pastores e seus respectivos cônjuges. São doutrinas básicas, e depois vamos seguir. Com o passar dos anos, eles vão ficar muito mais bem preparados do que jamais ficariam num seminário normal. Os grandes homens de Deus surgiram do nada, sem preparação.
Por que a Igreja da Graça não adota a Escola Bíblica Dominical?
A Escola Dominical foi inventada por alguém. Não está nem na Bíblia. A nossa igreja funciona de segunda a segunda, com cinco cursos por dia, como o Curso Fé e o Crescimento Espiritual [ministrados nos cultos, na forma de pregações, alguns em séries que duram semanas], para todas as pessoas que queiram.
O crente deve ser sempre submisso à liderança ou pode questionar o que diz o pastor?
Eu digo o seguinte: você nunca obedeça, nem siga orientação de homem nenhum, e diga: "Isso aqui é de Deus." O que Deus falar no seu coração, você pratique. É preciso saber dividir o que o homem fala e o que Deus está falando. Eu posso pregar uma hora e não lhe dizer nada. Mas em duas palavrinhas ali no meio Deus pode falar ao seu coração. O que importa é o que o Espírito de Deus está revelando. Eu não vejo porque o pastor deva ser questionado. As pessoas começam a tirar os olhos do Senhor Jesus. O pastor foi colocado na Igreja - junto com o apóstolo, o evangelista, o profeta e o mestre — para a edificação do Corpo de Cristo. Não temos que questionar. Nós temos que ouvir tudo e avaliar se aquilo é bíblico. Se Deus falou ali, louvado seja Deus. Não temos que servir nem questionar homens.
No seu ministério, o senhor é muito assediado pelas pessoas, tratado como uma celebridade?
Vamos parar de endeusar o líder, falar que o Soares é importante, é um grande homem de Deus. Se estou fazendo alguma coisa, é porque Deus está permitindo. Sou um mero servo de Deus. Hoje estou no púlpito; amanhã posso estar na porta da igreja, ajudando a colocar as pessoas para dentro. A Bíblia diz que, se andarmos no Espírito, jamais satisfaremos às concupiscências da carne. Eu nunca tive o problema, de que alguns falam, de receber uma cantada. Sempre andei no Espírito, e as mulheres sempre me respeitaram bem. Você sabe quando a mulher olha para você com interesse atravessado, e ela também percebe. Eu não tive este problema até hoje e tenho certeza de que não vou ter. Você tem que ser espiritual em todos os sentidos, meu irmão. Você vai atender uma mulher bonita, mulher feia, nova, velha, é a mesma coisa, tem que respeitar a pessoa.
Quando tentamos marcar esta entrevista pela primeira vez, sua assessoria informou que o senhor estava no período de 24 horas a sós com Deus e não poderia nos atender. Pode falar sobre isso?
Todo último dia de cada mês eu me retiro para ficar só diante de Deus. De meia-noite à meia-noite seguinte. Eu peço para não incomodarem com nada, nem mesmo se for a morte de uma pessoa que eu amo muito. Já faço isso há uns quatro anos.
E como o senhor faz?
É uma oração de intercessão. Na primeira hora, é só pela santificação. Depois, faço mais quatro períodos de meia hora, ao longo do dia. Oração de poder. Fora os outros períodos em que leio a Bíblia e oro.
Qual é o principal alvo destas orações?
Eu oro mais pelo pessoal que me ajuda como colaborador, doando 30 reais por mês, para que possamos estar na TV e no rádio, que nós chamamos de associados. É gente que não tem entendimento da Palavra, mas está sendo usada por Deus para me ajudar. Eu suplico por eles, para eles sejam abençoados. Acho que é mais que uma obrigação minha interceder por estas pessoas. Não dá para apresentar o nome de todos diante de Deus, mas o Senhor sabe.
O senhor tem aspirações políticas?
Eu tenho até medo disso. Infelizmente, alguém tem que administrar, mas é terrível esse negócio. A maioria dos que foram para lá se corromperam. Até hoje não estimulei nenhum de meus membros a ingressar na política. Aconselho a que permaneçam na obra de Deus. A vida é tão curta, meu irmão. O que um cidadão vai ganhar sendo aí presidente, senador? Vai ganhar uns aplausos, durante dez ou vinte anos. Eu prefiro ficar do lado de cá, no ministério.

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Fonte:
Revista Eclésia. Ano 6 - Nº 67. Junho de 2001. Editora Eclesia. São Paulo, págs. 26-31.

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