Supremacia estratégica de Israel impede
guerra
"A
grande supremacia estratégica de Israel em relação aos outros países da região
representa um eficiente obstáculo impedindo que o conflito com os palestinos se
transforme em guerra". Essa é a avaliação de um conhecido instituto de
pesquisas em Tel Aviv.
Os países
árabes nada teriam a ganhar, mas muito a perder, em uma guerra contra Israel.
Por ocasião da apresentação do relatório semestral sobre o equilíbrio militar
no Oriente Médio, o cientista Shai Feldman, chefe do Centro para Estudos
Estratégicos (Jaffee Center for Strategic Studies), declarou que o potencial de
intimidação israelense continua sendo considerável. A maioria dos países árabes
teria interesse em manter a estabilidade na região e não no envolvimento numa
guerra com Israel, afirmou Feldman. "Mas, é possível que o conflito com a
Síria possa experimentar uma escalada. Pode-se imaginar que (o presidente
sírio) Bashar el-Assad, baseado em avaliações equivocadas, sinalize luz verde
para ações do Hezbollah (Partido de Alá)... criando uma reação em cadeia. Mas
essa possibilidade é muito pequena".
Conforme os
dados apresentados no relatório, a força de combate do Exército israelense está
sendo cons-tantemente ampliada, enquanto, com exceção do exército egípcio,
todos os exércitos árabes parecem encontrar-se atualmente em um estado de
paralisação. Mesmo que Feldman não veja a atual situação como muito negra, ele
deu a entender que o tempo não trabalha necessariamente a favor de Israel, pois
um dia o Ira e o Iraque terão armas de aniquilação em massa e os mísseis de
longo alcance necessários para seu transporte até Israel. No momento, porém,
Israel teria uma grande dianteira nas áreas da tecnologia militar, de sistemas
de armamentos altamente desenvolvidos, bem como nos serviços de comunicação e
inteligência. O relatório também apresentou, pela primeira vez, o número de
tanques Merkava em poder do Exército israelense, que conta com 1.280 unidades.
"Políticos árabes reconhecem que em terra perderiam a guerra e que não
estão em condições de competir com os avanços de Israel", explicou
Feldman.
Segundo a
avaliação do ex-general-de-brigada Shlomo Brom, os palestinos erraram seus
cálculos quando acharam que poderiam imitar o Hesbolah no Líbano. Feldman
confirmou que Yasser Arafat, o líder da Autoridade Palestina, chegou a um
"momento crítico": "Arafat reconhece que, no balanço geral de
forças, tanto internas como externas, é preciso que haja uma mudança de
direção". Mas é difícil avaliar a dimensão da insatisfação da população
palestina com a liderança política. Também não está claro se o governo
israelense suportaria a pressão da opinião pública no próprio país no caso de
mais um grande ataque terrorista. "Quanto a população ainda irá suportar
antes que exija passos mais extremos da liderança política, que por sua vez
serão usados pelos palestinos, de maneira muito eficaz, para trabalhar contra
Israel nos meios de comunicação? No momento a população israelense está
decidida a evitar qualquer escalada do conflito. Somente podemos esperar que
isso continue assim, mas é muito difícil prever os acontecimentos... A
assimetria no equilíbrio estratégico, porém, não fornece ao Exército de Israel
uma liberdade de decisão em seu problema com os palestinos." Completando,
Brom observou: "Aqui o lado mais fraco tem uma vantagem, pois não podemos
usar todos os meios que temos à nossa disposição".
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Fonte:
Revista Notícias de Israel. Ano 23 - Nº 10 - Outubro de 2001. Obra Missionária Chamada da Meia Noite. Porto Alegre, págs. 17-18.
Fonte:
Revista Notícias de Israel. Ano 23 - Nº 10 - Outubro de 2001. Obra Missionária Chamada da Meia Noite. Porto Alegre, págs. 17-18.
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