sábado, 30 de julho de 2016

Supremacia estratégica de Israel impede guerra

Supremacia estratégica de Israel impede guerra
"A grande supremacia estratégica de Israel em relação aos outros países da região representa um eficiente obstáculo impedindo que o conflito com os palestinos se transforme em guerra". Essa é a avaliação de um conhecido instituto de pesquisas em Tel Aviv.
Os países árabes nada teriam a ganhar, mas muito a perder, em uma guerra contra Israel. Por ocasião da apresentação do relatório semestral sobre o equilíbrio militar no Oriente Médio, o cientista Shai Feldman, chefe do Centro para Estudos Estratégicos (Jaffee Center for Strategic Studies), declarou que o potencial de intimidação israelense continua sendo considerável. A maioria dos países árabes teria interesse em manter a estabilidade na região e não no envolvimento numa guerra com Israel, afirmou Feldman. "Mas, é possível que o conflito com a Síria possa experimentar uma escalada. Pode-se imaginar que (o presidente sírio) Bashar el-Assad, baseado em avaliações equivocadas, sinalize luz verde para ações do Hezbollah (Partido de Alá)... criando uma reação em cadeia. Mas essa possibilidade é muito pequena".
Conforme os dados apresentados no relatório, a força de combate do Exército israelense está sendo cons-tantemente ampliada, enquanto, com exceção do exército egípcio, todos os exércitos árabes parecem encontrar-se atualmente em um estado de paralisação. Mesmo que Feldman não veja a atual situação como muito negra, ele deu a entender que o tempo não trabalha necessariamente a favor de Israel, pois um dia o Ira e o Iraque terão armas de aniquilação em massa e os mísseis de longo alcance necessários para seu transporte até Israel. No momento, porém, Israel teria uma grande dianteira nas áreas da tecnologia militar, de sistemas de armamentos altamente desenvolvidos, bem como nos serviços de comunicação e inteligência. O relatório também apresentou, pela primeira vez, o número de tanques Merkava em poder do Exército israelense, que conta com 1.280 unidades. "Políticos árabes reconhecem que em terra perderiam a guerra e que não estão em condições de competir com os avanços de Israel", explicou Feldman.
Segundo a avaliação do ex-general-de-brigada Shlomo Brom, os palestinos erraram seus cálculos quando acharam que poderiam imitar o Hesbolah no Líbano. Feldman confirmou que Yasser Arafat, o líder da Autoridade Palestina, chegou a um "momento crítico": "Arafat reconhece que, no balanço geral de forças, tanto internas como externas, é preciso que haja uma mudança de direção". Mas é difícil avaliar a dimensão da insatisfação da população palestina com a liderança política. Também não está claro se o governo israelense suportaria a pressão da opinião pública no próprio país no caso de mais um grande ataque terrorista. "Quanto a população ainda irá suportar antes que exija passos mais extremos da liderança política, que por sua vez serão usados pelos palestinos, de maneira muito eficaz, para trabalhar contra Israel nos meios de comunicação? No momento a população israelense está decidida a evitar qualquer escalada do conflito. Somente podemos esperar que isso continue assim, mas é muito difícil prever os acontecimentos... A assimetria no equilíbrio estratégico, porém, não fornece ao Exército de Israel uma liberdade de decisão em seu problema com os palestinos." Completando, Brom observou: "Aqui o lado mais fraco tem uma vantagem, pois não podemos usar todos os meios que temos à nossa disposição".


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Fonte:
Revista Notícias de Israel. Ano 23 - Nº 10 - Outubro de 2001. Obra Missionária Chamada da Meia Noite. Porto Alegre, págs. 17-18.

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