Maria Archer
Contista,
romancista, teatróloga, cronista, ensaísta, historiadora e socióloga, dana Maria
Emília Archer Eyrolles Baltasar Moreira, ou simplesmente Maria Archer, nasceu
em Lisboa, a 4 de janeiro de 1905. Aos cinco anos de idade foi com seus pais
para Moçambique, onde permaneceu durante oito anos, transferindo-se depois para
Guiné e, em seguida, para Niassa. Essa longa estada na África forneceu-lhe
temas e motivos para inúmeras páginas nas quais, com fina arte, soube fixar
aspectos dos mais curiosos e palpitantes da vida nas colônias portuguesas.
Colaborando desde muito jovem nos jornais africanos, ou portugueses, Maria
Archer surgiu em livro no ano de 1935 com a novela "Três Mulheres",
publicada em Luanda. Nesse mesmo ano aparece em Lisboa "África
Selvagem" te "Sertanejos". A partir de então Maria Archer não
mais cessou de produzir. Sua bagagem é enorme, e dela constam romances,
novelas, contos, ensaios, teatro, traduções, livros infantis, etc. A contista,
particularmente, tem-se firmado com uma série de histórias que a colocam em
posição excepcional no quadro da moderna literatura portuguesa. "Ida e
Volta numa Caixa de Cigarros", "Há de Haver uma Lei",
"Filosofia duma Mulher Moderna", "A Primeira Vítima do
Diabo", "Eu e Elas", são livros que abrigam páginas admiráveis,
contos dos melhores que a literatura portuguesa pode apresentar. A nós,
brasileiros, é muito grato saber que dona Maria Archer escolheu o nosso país
para residência. Fixando-se em São Paulo, de há uns dois anos para cá, ainda
recentemente — além dê uma constante colaboração na nossa imprensa — deu-nos um
livro excelente, apaixonante, em que narra numa linguagem clara e saborosa, a
origem e desenvolvimento das terras onde se fala o português.
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Fonte:
Maravilhas do Conto Português. Seleção e notas: Edgard Cavalheiro. Editora Culturix, 3ª Edição. São Paulo, 1959, págs. 221-222.
Fonte:
Maravilhas do Conto Português. Seleção e notas: Edgard Cavalheiro. Editora Culturix, 3ª Edição. São Paulo, 1959, págs. 221-222.
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