quarta-feira, 6 de julho de 2016

Dar limites é...

Dar limites é...
ensinar que os direitos são iguais para todos; ensinar que existem OUTRAS pessoas no mundo;
fazer a criança compreender que seus direitos acabam onde começam os direitos dos outros;
dizer "sim" sempre que possível e "não" sempre que necessário;
só dizer "não" aos filhos quando houver uma razão concreta;
mostrar que muitas coisas podem ser feitas e outras não podem ser feitas;
fazer a criança ver o mundo com uma conotação social (conviver) e não apenas psicológica (o meu desejo e o meu prazer são as únicas coisas que contam);
ensinar a tolerar pequenas frustrações no presente para que, no futuro, os problemas da vida possam ser superados com equilíbrio e maturidade (a criança que hoje aprendeu a esperar sua vez de ser servida à mesa amanhã não considerará um insulto pessoal esperar a vez na fila do cinema ou aguardar três ou quatro dias até que um chefe dê um parecer sobre sua promoção);
desenvolver a capacidade de adiar satisfação (se não conseguir emprego hoje, continuará a lutar sem desistir ou, caso não tenha desenvolvido esta habilidade, agirá de forma insensata e desequilibrada, partindo, por exemplo, para a marginalidade, o alcoolismo ou a depressão);
evitar que seu filho cresça achando que todos no mundo têm de satisfazer seus mínimos desejos e, se tal não ocorrer (o que é o mais provável), não conseguir lidar bem com a menor contrariedade, tornando-se, aí sim, frustrado, amargo ou, pior, desequilibrado emocionalmente;
saber discernir entre o que é uma necessidade dos filhos e o que é apenas desejo;
compreender que direito à privacidade não significa falta de cuidado, descaso, falta de acompanhamento e supervisão às atividades e atitudes dos filhos, dentro e fora de casa;
ensinar que a cada direito corresponde um dever e, principalmente...
dar o exemplo (quem quer ter filhos que respeitem a lei e os homens tem de viver seu dia-a-dia dentro desses mesmos princípios — ainda que a sociedade não tenha apenas indivíduos que agem dessa forma)!!!!


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Fonte:
Limites sem trauma, por: Tânia Zagury. Editora Record, 72ª Edição. Rio de Janeiro, 2005, págs. 23-24.

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