domingo, 10 de julho de 2016

O que é maniqueísmo

O que é maniqueísmo
O princípio fundamental de Mani foi pregar que tudo tem um oposto: o bem e o mal. Este princípio também estava contido no budismo, entre os persas e os cristãos. Para ele, seria sempre a eterna luta entre o bem e o mal e o mundo teria sido gerado pelo bom princípio e destruído peio mau princípio.
Para Mani, Cristo existia dentro de cada um de nós, mas como essência divina. Mani se igualava nas suas palavras à Zaratustra, quando pregava que no final, haveria a vitória total do bem sobre o mal e que todos seriam purificados.
Mani acreditava na existência de Cristo, mas não acreditava que ele tivesse adquirido uma forma humana e que tivesse enfrentado o martírio como uma pessoa comum. Mani não acreditava nas profecias judaicas, que na sua opinião unha muitos erros e ofereciam cultos à vários deuses.
O material que se conhece do maniqueísmo é através dos seus críticos, posto que o material doutrinário de Mani foi totalmente destruído pela Igreja Crista.
A ligação de Mani coma Gnose é feita por pontos comuas de sua doutrina, que pregava também que todos os fenômenos e acontecimentos históricos tem uma explicação dentro do espaço.
Partindo do princípio da Gnose, Mani reconhece que existe um elo entre a matéria e o espírito de Deus, chamado "O Pai da Grandeza". Este elo, que seria um mundo intermediário, seria composto por uma hierarquia superior: anjos, arcanjos e energias divinas, sendo que, os anjos e os arcanjos foram reconhecidos pela igreja cristã.
Segundo o livro Les Gnostiques, de Serge Hutin, para os maniqueístas, todos são bons, porém estão atirados num mundo mau. Os seguidores de Mani, se acreditam "eleitos", "inabaláveis" e "seres superiores": Estão num mundo que não lhes pertence e tem saudade de onde vieram (do céu?).
Mani morreu deixando uma doutrina de almas sedentas por pureza, de conhecimento e de liberdade, mesmo o mundo caminhando por uma trilha que levará todos ao materialismo e às trevas.
A tradição maniqueísta, quase desaparecendo, foi tomada pelo Catarismo, e mesmo a Gnose sobreviveu.


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Fonte:
Sociedades Secretas, por: Af. C. Godoy. Editora Sampa. São Paulo, 1993, págs. 42-43.

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