José Lins do Rego: dados biobibliográficos
do autor
A 3 DE JUNHO
DE 1901, no Engenho Corredor, município de Pilar, estado da Paraíba, nasce José
Lins do Rego Cavalcanti, filho de João do Rego Cavalcanti e Amélia do Rego
Cavalcanti.
Esse mundo
rural do nordeste, ligado às senzalas e ao mundo dos senhores de engenho, dá
origem às paralelas dentro das quais se encaminha e cresce a monumental obra de
José Lins. Em 1923, Já revela sua autêntica vocação de escritor, publicando
artigos em suplementos literários.
Aos 22 anos,
forma-se em advocacia. Em 1924, casa-se com Philomena Massa (Naná). Do
casamento nascem três filhas: Maria Elizabeth, Maria da Glória e Maria
Cristina. Em 1925, é nomeado promotor público em Manhuaçu, Minas Gerais, onde
entretanto não se demora. Deixa o Ministério Público e em 1926 transfere-se
para Maceió, Alagoas, onde trabalha como fiscal de bancos. Integra-se a um
grupo de intelectuais que se tornariam seus amigos pelo resto da vida: Graciliano
Ramos, Rachel de Queiroz, Aurélio Buarque de Holanda, Jorge de Lima, Valdemar
Cavalcanti e outros. Em Maceió escreve os três primeiros romances: Menino de engenho, Doidinho e Banguê.
Em, 1932,
publica seu livro de estreia. Menino de
engenho, em edição por ele custeada. Recebe o premio da Fundação Graça
Aranha. O romancista é saudado pela critica com entusiasmo e a edição de dois
mil exemplares é quase toda vendida no Rio.
Daí em
diante a obra de José Lins não conhece interrupções. Publica 12 romances, um
volume de memórias, livros de viagem, de literatura infantil, de conferências,
de crônicas.
Em 1935, é
nomeado fiscal do imposto de consumo, mudando-se para o Rio de Janeiro; onde
viveria o resto da vida.
A 15 de
setembro de 1955, é eleito para a Academia Brasileira de Letras, como sucessor
de Ataulfo de Paiva.
A 12 de
setembro de 1957, morre José Lins do Rego, sendo enterrado no mausoléu da
Academia, no cemitério São João Batista.
OBRAS
ROMANCE
1932 - Menino de engenho. Ed. do Autor, distribuído por Adersen, editor,
Rio de Janeiro; 2ª ed., 1934; e demais, Rio de Janeiro, José Olympio.
1933 - Doidinho. Rio de Janeiro, Ariel; 2ª ed., 1935; e demais, Rio de
Janeiro, José Olympio.
1934 - Banguê
1935 - O moleque Ricardo
1936 - Usina
1937 - Pureza
1938 - Pedra Bonita
1939 - Riacho Doce
1941 - Água-mãe
1943 - Fogo morto
1947 - Eurídice
1953 - Cangaceiros
1980 - Romances reunidos e ilustrados (5 vols.). Com 290 ilustrações de
Luís Jardim. Rio de Janeiro/Brasília, José Olympio/INL-MEC, 1980.
CRÔNICA
1942 - Gordos e magros. Rio de Janeiro, Casa do Estudante do Brasil.
1945 - Poesia e vida. Rio de Janeiro, Universal.
1952 - Homens, seres e coisas. Rio de Janeiro, Serviço de Documentação do
Ministério da Educação e Saúde.
1954 - A casa e o homem. Rio de Janeiro, Organização Simões.
1957 - Presença do nordeste na literatura brasileira. Rio de Janeiro,
Serviço de Documentação do Ministério da Educação e Saúde.
1958 - O vulcão e a fonte. Rio de Janeiro, O Cruzeiro.
1981 - Dias idos e vividos (antologia). Seleção, organização e estudos
críticos de Ivan Junqueira. Rio de Janeiro, nova Fronteira.
CONFERÊNCIA
1943 - Pedro Américo. Rio de Janeiro, Casa do Estudante do Brasil.
1946 - Conferências no Prata (Tendências do romance brasileiro.
1943 - Pedro Américo. Rio de Janeiro, Casa do Estudante do Brasil.
1946 - Conferências no Prata (Tendências do romance brasileiro.
Raul Pompeia, Machado de Assis). Rio de Janeiro, Casa do Estudante do
Brasil.
1957 - Discursos de posse e
recepção na Academia Brasileira de Letras: José Lins do Rego e Austregésilo de
Athayde. Rio de Janeiro, José Olympio.
VIAGEM
1951 - Bota de sete léguas. Rio de Janeiro, A Noite.
1951 - Bota de sete léguas. Rio de Janeiro, A Noite.
1955 - Roteiro de Israel. Rio de Janeiro, Centro Cultural Brasil-Israel.
1957 Gregos e troianos. Rio de Janeiro, Bloch.
TRADUÇÃO
1940 - A vida de Eleonora Duse, de E. A. Rheinhardt. Rio de Janeiro, José
Olympio.
EM COLABORAÇÃO
1942 - Brandão entre o mar e o amor (romance, 2ª parte). São Paulo,
Martins. 1980 - O melhor da crônica
brasileira — I (com Rachel de Queiroz, Armando nogueira, Sérgio Porto). Rio
de Janeiro, José Olympio.
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Fonte:
O Moleque Ricardo, por: José Lins do Rego. Estudo de: Antônio Carlos Villaça. José Olympio, 20ª Edição. Rio de Janeiro, 1995, págs. 7-9.
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