Escrita X Fala
Um dos
problemas sérios que normalmente comprometem a elaboração de um texto é a
presença de determinados elementos linguísticos próprios da língua falada.
Embora fala e escrita utilizem um mesmo código — a palavra —, apresentam
diferenças bastante sensíveis. Vejamos algumas:
1) - Na
fala, além da palavra o emissor serve-se de outros códigos para estabelecer a
comunicação: gestos, contexto físico, entonação, ritmo, reações faciais.
2) - Na
escrita, ao contrário, privilegia-se a palavra como único código para se
transmitir uma informação.
3) - A fala
desenvolve-se no tempo; é, portanto, irreversível. Nesse sentido o emissor,
para assegurar-se de que sua informação está sendo recebida, repete-a
inconscientemente, tornando-se assim redundante.
4) - A
escrita, por outro lado, desenvolve-se no espaço; é, portanto, reversível. O
leitor pode percorrer o texto em várias direções, objetivando apodere-se da informação
transmitida. Exige-se, portanto, como qualidade fundamental de um texto
escrito, concisão.
Com base em
pesquisas de textos colares, observou-se que a repetição ideias, a que
denominamos técnica mente prolixidade, constitui a fala principal das redações.
Evidentemente eliminando-se esse problema, o texto escrito terá a sua virtude
principal: concisão.
---
Fonte:
Língua Portuguesa: Gramática - Texto - Redação, por: Hermínio G. Sergentim. Companhia Editora Nacional. São Paulo, 1981, pág. 222.
---
Fonte:
Língua Portuguesa: Gramática - Texto - Redação, por: Hermínio G. Sergentim. Companhia Editora Nacional. São Paulo, 1981, pág. 222.
Nenhum comentário:
Postar um comentário