terça-feira, 26 de julho de 2016

Guerra pela água?

Guerra pela água?
Água é vida. Essa é uma unanimidade no árido Oriente Médio. Cada gota do precioso líquido é disputada nessa região.
Em março, quando os libaneses instalaram uma canalização para desviar água do pequeno rio Chazbani, o governo israelense tentou impedir a
concretização do projeto. "Cerca de 150 milhões de metros cúbicos de água do rio Chazbani alimentam o lago de Genesaré", declarou Uri Sagi, presidente da Companhia Israelense de Abastecimento de Água (Mekorot). O rio Chazbani lança 25% de suas águas no Jordão, que deságua no
Mar da Galiléia. A instalação de uma estação de bombeamento pêlos libaneses é uma evidente violação das leis internacionais que regulam o uso dos recursos hídricos - e isso acontece numa época em que, mais do que nunca, Israel precisa de água.
Em 1964 a Síria e o Líbano já fizeram uma tentativa de desviar o curso do Chazbani e do Banias para "secar" Israel, que revidou com ataques aéreos e de artilharia, interrompendo o projeto. Sagi afirma: "O governo libanês precisa obedecer aos tratados internacionais sobre a utilização dos recursos hídricos que firmou com Israel, mesmo após a retirada das tropas israelenses da zona de segurança no Sul do Líbano".
O ex-general Uri Sagi alertou também quanto ao perigo de uma nova guerra pelas águas do rio Chazbani: "Água é um assunto muito importante em nossa região, pois nem os sírios, nem os jordanianos, nem os palestinos têm água suficiente - do mesmo modo como nós também não a temos".
O governo israelense alertou a Síria e o Líbano para que não modifiquem a divisão das águas do rio e tentou, através da ONU, influenciar seus vizinhos libaneses. Mas o Ministério do Exterior de Israel constatou que a ONU praticamente não tem mais influência no Líbano após a retirada das tropas israelenses do sul daquele país. Conforme especialistas em segurança israelenses, é a Síria que dita as regras nessa região. Segundo informações israelenses, a antiga estação de bombeamento na aldeia libanesa de Ra'ga, localizada nas proximidades da fronteira de Israel, está para ser modernizada, mesmo que o governo do Líbano desminta essa afirmação.
Luta pela água: no sul do Líbano os xiitas desviam água do rio Chazbani.
Enquanto isso, canos de 10 cm de diâmetro conduzirão água do Chazbani até as aldeias circunvizinhas, conforme admite o governo libanês. "Israel ainda abastece algumas aldeias no Sul do Líbano, apesar da retirada das tropas há oito meses", confirmaram a Mekorot e o porta-voz do Exército. Além disso, segundo informações da companhia, Israel fornece anualmente 85 milhões de metros cúbicos de água aos palestinos e à Jordânia.
Políticos israelenses, tanto da direita como da esquerda, criticaram a construção do aqueduto ilegal no Sul do Líbano, que retira ainda mais água do lago de Genesaré. Especialmente os moradores dos kibufzim na Alta Caliléia temem que o Chazbani forneça menos água no próximo verão. Com 213,12 metros abaixo do nível do mar (em 1º de abril), o Mar da Galiléia estava com 4,22 metros abaixo do nível de água normal.
Hoje é problemático o fato de Israel ter acordos sobre a água com os palestinos e os jordanianos, que impõem o fornecimento de volumes determinados de água. Quando os acordos foram assinados, não se pensou na possibilidade de escassez, e muito menos em furto de água. Além disso, o número de habitantes aumentou consideravelmente através do crescimento natural da população e do grande número de novos imigrantes que chegam anualmente a Israel, mas as chuvas não aumentaram. Israel precisa de cada gota d'água. (nai)
A água é fundamental para Israel! Por isso, o governo permanece atento ao que acontece no Sul do Líbano. Lendo essa notícia, também nos lembramos das palavras de Jesus em João 4.13b-14: "Quem beber desta água tornará a ter sede; aquele, porém, que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede; pelo contrário, a água que eu lhe der será nele uma fonte a jorrar para a vida eterna." (Conno Malgo)


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Fonte:
Revista Notícias de Israel. Ano 23 - Nº 6 - Junho de 2001. Obra Missionária Chamada da Meia Noite. Porto Alegre, págs. 13-15.

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