terça-feira, 19 de julho de 2016

Adolf Hitler, a encarnação de Lúcifer

Adolf Hitler, a encarnação de Lúcifer
Adolf Hitler — o principal mentor do Holocausto — nasceu em 20 de abril de 1889, em Braunau (Áustria), sendo o quarto filho de Alis e Klara Hitler. Seu pai, funcionário público, ocupava um posto na organização alfandegária garantindo à família um nível de vida pequeno-burguês. Não teve dificuldades financeiras, graças a uma herança deixada pelo pai e a uma razoável mesada garantida pela mãe.
Entre 1920-1930, Hitler formulou seu pensamento acompanhando as concepções em voga na época: conquista de um espaço vital para a Alemanha e o antissemitismo. Em sua obra Mein Kampf (Minha luta) Hitler não ocultou sua opinião sobre a eutanásia que, se necessária, deveria ser aplicada aos doentes incuráveis. Medida bárbara, mas que era apresentada como "uma benção para os contemporâneos e a posteridade". Nessa obra articulou seu conceito de Estado racista, que teria por função eliminar os indivíduos notoriamente doentes ou aqueles portadores de taras hereditárias, de forma a impedir que estes procriassem, multiplicando-se. A partir de 1934, cerca de 400 000 alemães foram vítimas de uma lei de esterilização implementada pelo Reich.
Os judeus, no entanto, não se encontravam no mesmo plano dos doentes mentais. Para Hitler, eles eram o centro de sua visão de mundo, alimento do seu fanatismo e dos seus delírios. Assim/a raça pura deveria ser conseguida por meio de um sistemático programa de eugenia idealizado e aplicado pelo Estado em prol da grandeza e do poderio do povo alemão, objetivo final a ser alcançado pelo Reich. A política racista, de acordo com seus preceitos, era apenas um meio, um instrumento de poder, ou seja: "um Estado que, numa época de contaminação racial, zela ciosamente pela conservação dos melhores elementos de sua raça, um dia deverá se tomar senhor da terra" (Hitler, Mon comibat, 1934, p. 689). /M
Da derrota sofrida pela Alemanha na Primeira Guerra Mundial e do sentimento antissemita latente na mentalidade alemã desde séculos passados, Hitler extraiu forças para suas resoluções futuras. A intensidade patológica do seu antissemitismo — transformado em obsessão — expressava também o universo mental de uma série de outros homens que, integrantes da cúpula do poder, colaboraram para a efetivação do genocídio. Entre seus principais colaboradores estavam Himmler (Chefe Supremo da SS e da polícia nos territórios do Leste), Göering, Goebbles (primeiro-ministro da Propaganda e Gauleiter [prefeito] de Berlim), Rudolf Hess (dirigente do Partido Nazista) e Streicher (Gauleiter da Francônia).
Após a morte do marechal Hindenburg, presidente da República, Hitler concentrou em suas mãos o máximo de autoridade: como Führer, chefe do Partido Nazista, e chefe de Estado alemão. Ao mesmo tempo identificava-se como expressão da figura histórica do chefe supremo de Guerra (Oberster Kriegsherr), cuja palavra era lei.


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Fonte:
Holocausto: Crime contra a Humanidade, por: Maria Luiza Lucci Carneiro. Editora Ática, 1ª Edição. São Paulo, 2000, pág. 8.

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