quinta-feira, 7 de julho de 2016

Os primeiros homens e a ideia de Deus


Os primeiros homens e a ideia de Deus
Deus! Haverá algo mais belo, edificante e sublime do que meditarmos sobre a existência e os mistérios deste Ser que é mais profundo do que o mais profundo de nós mesmos, cuja glória e poder enchem a terra e os céus? Todos os grandes homens que influenciaram a história do pensamento humano consagraram um estudo especial sobre "o Ser do qual não é A possível pensar nada maior" , segundo a famosa definição do teólogo Anselmo de Cantuária (1033-1109). Não existe, em todo o Universo, assunto de maior grandeza. Crer ou não, crer na existência de Deus — eis a grande questão que divide a humanidade, e define o nosso destino eterno.
Acreditando ou não na existência divina, o homem necessita de Deus para compreender-se a si mesmo e entender os mistérios da vida e da Natureza. É por esse motivo que não se tem notícia de povos ateus entre os primeiros grupos humanos que habitaram o mundo primitivo. O moralista e historiador grego Plutarco (45-125 d.C.) costumava dizer que "é possível encontrar cidades sem muralhas, sem ginásios, sem leis, sem moedas, sem cultura literária; mas um povo sem Deus, sem orações, sem juramentos, sem ritos religiosos, sem sacrifícios, jamais foi encontrado". E esta afirmação continua plenamente válida até os dias de hoje.

Jamais foram encontrados povos ateus
Todos os grandes estudiosos das religiões, em todos os tempos e entre todos os povos, confirmam que a crença na existência de Deus é universal. Nunca existiram povos ateus. O teólogo holandês C. P. Tiele (1830-1902), no seu manual de História Comparada das Antigas Religiões diz que "a afirmação de povos ou tribos sem religião repousa ou em observações inexatas, ou numa confusão de ideias. Nunca se encontrou tribo ou nação que não acreditasse em um Ser superior; os viajantes que afirmaram o contrário foram depois desmentidos pelos fatos".
Tanto os antigos missionários que partiram para evangelizar os mais longínquos recantos da terra, como também os exploradores de regiões desconhecidas depararam-se com a ideia de um Ser Supremo espalhada entre os povos. No livro Uma Introdução para a História das Religiões, Frank Byron Jevons cita oito autores especializados no assunto para confirmar que nunca foi encontrada qualquer tribo destituída da ideia de Deus. E por último, eis o que diz o renomado antropólogo Armando de Quatrefages (1810-1892) na 4ª parte do seu livro A Espécie Humana: "Obrigado pelo meu magistério a passar em revista todas as raças humanas, procurei o ateísmo entre as mais degradadas e as mais elevadas. Não o encontrei em lugar nenhum, a não ser no estado individual... O ateísmo só existe em estado errático. Tal o resultado de uma investigação que posso chamar conscienciosa, e que comecei muito antes de subir à cátedra de Antropologia."
Por esse e outros motivos, podemos afirmar que o ateísmo — essa epidemia que vem contaminando ao longo dos séculos o espírito de milhões de seres humanos — é uma espécie de câncer que nasce no coração de indivíduos soberbos, uma posição vaidosa, uma decisão precipitada, superficial e, em muitos casos, uma fuga. Porém, devemos também considerar que muitos se declaram ateus por jamais terem sido eficientemente alcançados pela reveladora e transformadora mensagem de Jesus Cristo. No capítulo sete deste livro estudaremos as respostas evangélicas ao problema do ateísmo.


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Fonte:
Provas da Existência de Deus, por: Jefferson Magno Costa. Editora Vida. São Paulo, 1995, 11-12.

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