terça-feira, 5 de julho de 2016

Biografia de José Lins do Rego

José Lins do Rego: dados biobibliográficos do autor
A 3 DE JUNHO DE 1901, no Engenho Corredor, município de Pilar, estado da Paraíba, nasce José Lins do Rego Cavalcanti, filho de João do Rego Cavalcanti e Amélia do Rego Cavalcanti.
Esse mundo rural do nordeste, ligado às senzalas e ao mundo dos senhores de engenho, dá origem às paralelas dentro das quais se encaminha e cresce a monumental obra de José Lins. Em 1923, Já revela sua autêntica vocação de escritor, publicando artigos em suplementos literários.
Aos 22 anos, forma-se em advocacia. Em 1924, casa-se com Philomena Massa (Naná). Do casamento nascem três filhas: Maria Elizabeth, Maria da Glória e Maria Cristina. Em 1925, é nomeado promotor público em Manhuaçu, Minas Gerais, onde entretanto não se demora. Deixa o Ministério Público e em 1926 transfere-se para Maceió, Alagoas, onde trabalha como fiscal de bancos. Integra-se a um grupo de intelectuais que se tornariam seus amigos pelo resto da vida: Graciliano Ramos, Rachel de Queiroz, Aurélio Buarque de Holanda, Jorge de Lima, Valdemar Cavalcanti e outros. Em Maceió escreve os três primeiros romances: Menino de engenho, Doidinho e Banguê.
Em, 1932, publica seu livro de estreia. Menino de engenho, em edição por ele custeada. Recebe o premio da Fundação Graça Aranha. O romancista é saudado pela critica com entusiasmo e a edição de dois mil exemplares é quase toda vendida no Rio.
Daí em diante a obra de José Lins não conhece interrupções. Publica 12 romances, um volume de memórias, livros de viagem, de literatura infantil, de conferências, de crônicas.
Em 1935, é nomeado fiscal do imposto de consumo, mudando-se para o Rio de Janeiro; onde viveria o resto da vida.
A 15 de setembro de 1955, é eleito para a Academia Brasileira de Letras, como sucessor de Ataulfo de Paiva.
A 12 de setembro de 1957, morre José Lins do Rego, sendo enterrado no mausoléu da Academia, no cemitério São João Batista.

OBRAS
ROMANCE
1932 - Menino de engenho. Ed. do Autor, distribuído por Adersen, editor, Rio de Janeiro; 2ª ed., 1934; e demais, Rio de Janeiro, José Olympio.
1933 - Doidinho. Rio de Janeiro, Ariel; 2ª ed., 1935; e demais, Rio de Janeiro, José Olympio.
1934 - Banguê
1935 - O moleque Ricardo
1936 - Usina
1937 - Pureza
1938 - Pedra Bonita
1939 - Riacho Doce
1941 - Água-mãe
1943 - Fogo morto
1947 - Eurídice
1953 - Cangaceiros
1980 - Romances reunidos e ilustrados (5 vols.). Com 290 ilustrações de Luís Jardim. Rio de Janeiro/Brasília, José Olympio/INL-MEC, 1980.

CRÔNICA
1942 - Gordos e magros. Rio de Janeiro, Casa do Estudante do Brasil.
1945 - Poesia e vida. Rio de Janeiro, Universal.
1952 - Homens, seres e coisas. Rio de Janeiro, Serviço de Documentação do Ministério da Educação e Saúde.
1954 - A casa e o homem. Rio de Janeiro, Organização Simões.
1957 - Presença do nordeste na literatura brasileira. Rio de Janeiro, Serviço de Documentação do Ministério da Educação e Saúde.
1958 - O vulcão e a fonte. Rio de Janeiro, O Cruzeiro.
1981 - Dias idos e vividos (antologia). Seleção, organização e estudos críticos de Ivan Junqueira. Rio de Janeiro, nova Fronteira.

CONFERÊNCIA
1943 - Pedro Américo. Rio de Janeiro, Casa do Estudante do Brasil.
1946 - Conferências no Prata (Tendências do romance brasileiro.
Raul Pompeia, Machado de Assis). Rio de Janeiro, Casa do Estudante do Brasil.
1957 - Discursos de posse e recepção na Academia Brasileira de Letras: José Lins do Rego e Austregésilo de Athayde. Rio de Janeiro, José Olympio.

VIAGEM
1951 - Bota de sete léguas. Rio de Janeiro, A Noite.
1955 - Roteiro de Israel. Rio de Janeiro, Centro Cultural Brasil-Israel. 1957 Gregos e troianos. Rio de Janeiro, Bloch.

TRADUÇÃO
1940 - A vida de Eleonora Duse, de E. A. Rheinhardt. Rio de Janeiro, José Olympio.

EM COLABORAÇÃO
1942 - Brandão entre o mar e o amor (romance, 2ª parte). São Paulo, Martins. 1980 - O melhor da crônica brasileira — I (com Rachel de Queiroz, Armando nogueira, Sérgio Porto). Rio de Janeiro, José Olympio.



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Fonte:
O Moleque Ricardo, por: José Lins do Rego. Estudo de: Antônio Carlos Villaça. José Olympio, 20ª Edição. Rio de Janeiro, 1995, págs. 7-9.

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