Orientação
Profissional: Relações Públicas
Os primeiros
profissionais de relações públicas eram vistos pejorativamente como
"organizadores de festinhas e coquetéis". Ou pior, como pessoas que
trabalhavam para vender uma boa imagem de maus produtos. Hoje, porém, não se
pensa mais assim e as empresas compreenderam a importância de contar com um bom
serviço de Relações Públicas. Num momento em que o povo participa ativamente
das decisões, conhecimento de sua força, exige esclarecimentos, conhece os seus
direitos, deseja criticar e expressar exatamente o que pensa e empreende
esforços para que ocorra o aperfeiçoamento de nossa democracia, é que se faz
necessária a consciência da responsabilidade social exercida pelo profissional
de Relações Públicas.
O papel do Relações Públicas
"O
verdadeiro papel do Relações Públicas é estabelecer uma linha de entendimento e
equilíbrio entre pessoas e entidades. Ele tem por natureza uma função
político-social. Preocupadas com sua imagem externa, as empresas de hoje precisam
muito desse profissional que funciona como um elo de aproximação entre o
cliente e seu público", diz o ex-assessor de Comunicação da Prefeitura do
Rio de Janeiro, professor Sérgio Gramático. Para que sejam criadas soluções de
convivência harmônica entre diferentes organismos é fundamentai para o
profissional que ele seja também um pouco de publicitário e jornalista: ter uma
formação que envolva Marketing, jornalismo, pesquisa, propaganda e
relacionamento profissional com pessoas de áreas variadas. Cabe também ao
Relações Públicas cuidar do intercâmbio e da comunicação dentro da própria
empresa. Fazem parte de sua rotina de trabalho a organização de eventos, o
estabelecimento de uma política de comunicação para a empresa, a orientação de
palestras, redação de discursos, lançamento de produtos, confecção de informativos
e publicações para clientes, murais e relatórios anuais; enfim, tudo o que diga
respeito à comunicação entre a empresa e seus clientes, entre a empresa e
funcionários ou entre os próprios funcionários.
Os cursos de Relações Públicas
Os cursos de
Relações Públicas ministrados pelas faculdades brasileiras são considerados
pela International Public Relations Association
como os melhores do mundo por sua abrangência curricular. As escolas, além de
enfocarem as matérias da área humana, incluem também os aspectos
administrativos do trabalho de Relações Públicas, condições fundamentais para a
formação de bons profissionais.
Apesar
disso, há alguns problemas como a ausência de agências experimentais de
Relações Públicas na maioria dos cursos. Com o objetivo de colocar o aluno em
contato direto com a prática da profissão, essas agências, contudo, exigem
equipamentos caros e muitas escolas não têm verba para isso. Para quem se
formou faltam também cursos de extensão que proporcionem reciclagem de
conhecimentos. O mercado é dos melhores e não faltam empregos para quem se
inicia na carreira. Os profissionais reclamam apenas de uma fiscalização mais
rigorosa para o exercício da profissão, pois é comum que pessoas de outras
áreas desempenhem as funções de Relações Públicas nas empresas.
Regulamentação do curso: Lei
5377-11/12/1967, e Decreto 63283 - 26/09/ 1968.
Duração do curso: mínimo de quatro
anos.
Currículo mínimo: Formação Específica: Língua
Portuguesa-Re-daçãp e Expressão Oral, Técnicas de Relações Públicas, Teoria e
Pesquisa, Técnica de Opinião Pública, Técnicas de Comunicação Dirigida,
Administração e Assessoria de Relações Públicas, Planejamento de Relações Públicas,
Legislação e Ética de Relações Públicas.
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Fonte:
Revista Jovem Cristão. Ano XIV - Nº 48 - Junho/Julho de 1993. Editora CPAD. Rio de Janeiro, págs. 26-28.
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